Vivia a angústia nas carnes. Fora da fissura. Não pegou o vinho nem o telefone ou o chocolate, seu corpo lhe bastou. Quando, perto de anoitecer o oco da tarde, sorrateiro e arrastado como um lagarto ainda pesado de sol lhe entra no peito, a mulher se soube mais frágil e mais velha. Escutou um silêncio outro, e na falta do que fazer, morreu um pouco.
Enfeitada para o Natal se transforma em grande palco. Ou em palcos,
alguns com shows ao vivo.
Multidão pachorrenta.
Camelôs montam vitrines de colares brincos ou CDs piratas.
A estátua viva, um anjo branco e mortífero,
parecia advinhar o futuro.
Noite com direito à pipoca.
Durantes alguns minutos fui parte,
voltei ao refúgio, multidões me assustam.
Você está estre os melhores de 2011, primeira premiação feita pelo blog Sei que Deus existe, passe por lá para conferir e pegar seu prêmio virtual parabéns pelo seu trabalho.