Desenho a sombra do cavalete,
na tela, linhas
diagonais matam o equilíbrio
Sobre o desenho pinto um buquê bem colorido,
cores quentes,
a diagonal permanece
Cubro a tela com tinta diluída,
escorre, mais
tinta diluída, muita água, escorre
uso um pano, trapo que, quando perco,
se transforma em serpente, se arrastando e fugindo de mim
O buquê de múltiplas cores torna-se agora amarelo-ocre e branco
e dele parte o tronco de uma árvore,
não me convence, a tela permanece torturada
Cores esmaecem, fantasmas nascem,
a narrativa apenas se esboça,
aperto os olhos, vejo a pintura,
incompletude
(Fico devendo a foto do trabalho!)
Bom poema, Eliane.
ResponderExcluirUm abração. Tenhas uma boa noite.
Desculpe discordar; esse seu poema não tem nada de tentativa fracassada,ao contrário, é lindo! Gostei muito do seu blog e do que escreve, parabéns!
ResponderExcluir