“Ela” habita a casa em que moro,
e ali não sou senhora.
Se desejo galinha à cabidela
“Ela” cozinha caranguejos,
e eu os devorarei alegremente.
Aprontou versões perigosas de mim,
traduções estranhas nas quais me espantei,
sofri e morri muitas vezes
mas agradeço, pois, me fizeram ampla.
De uma vida juntas,
comendo sal na mesma gamela,
mútuas descobertas,
de nós duas quem envelhece sou eu,
“Ela” permanece uma menina.
Agora, fluindo em mim torna-se pintora,
aprecia minhas mãos, me sopra aos ouvidos:
_ Mãos que fazem coisas,
manejam pincéis, desenham esboços
e palavras, plantam orquídeas,
e penteiam crianças,
cozinham e tiram a poeira dos móveis,
de quando em quando.
Quem trabalha sou eu,
“Ela” brilha em meus olhos
faz leve ou pesado meu coração
e eu que tanto me assustei
já quase não me assusto,
“Ela” chega a me fazer rir de mim e dela,
quando a percebo independente,
dizendo ou fazendo
o que nem pensei.
Adorei. A mim "ela" assusta, quando diz e faz o que nem pensei. Temo a qualquer hora me confundir com "ela", mas não posso abrir mão dela, sem "ela" não saberia viver. Rsss...
ResponderExcluirMorgana querida,
ResponderExcluireu também não!!!!!!!!!!! Adorei a visita e comentário, como sempre gosto do que vem de você, bjs
Eliana, gostei muito de suas "Contradições". Um interessante diálogo entre seus "eus". Muito bom mesmo! Parabéns. Beijos
ResponderExcluirCara Eliana molto interessante la poesia. Per favore pùoi aggiungere il traduttore al tuo blog. Molte grazie. Baci
ResponderExcluirEliana amaba la poesía muy interesante. Por favor, usted puede agregar un traductor a tu blog. Muchas gracias. Besos
Querida Peonia,
ResponderExcluirestou procurando instalar o tradutor de textos.
Não sei se consegui, estou pesquisando e consultando pessoas.
Grande abraço!