Filme: A Separação
de Jodaelye Nader az Simin, Irã, 2010.
O filme trata de uma família, a mulher o marido e a filha de onze anos, com visto para emigração do Irã para um país mais livre, onde pudessem criar a filha, segundo eles, em melhores condições sociais. O marido, no entanto, sente-se preso ao constatar a demência do pai _ Alzheimer. A família moderna que deseja sair do país se dissolve no conflito do marido/pai e a esposa, que insiste no plano original. O marido contrata uma mulher para cuidar do pai, enquanto trabalha. Nas falhas do plano, entram em pauta os conflitos religiosos _ a impossibilidade, para uma mulher casada tocar no corpo de outro homem, mesmo sendo este um doente e ancião.
Não se trata de um divórcio à
iraniana. Mas antes de dramas e de pessoas. De seres humanos. Um filme no qual
podemos nos ver apesar de tão diferentes, ou de tamanhas diferenças culturais e
subjetivas. Atravessando as diferenças
podemos nos ver diferentes e semelhantes no ontológico do ser humano, marcado
pela singularidade.