domingo, 26 de dezembro de 2010

Mistérios de acalentar mãe



_ Senhora dona Sancha

feita de ouro e prata

na infância da língua

eras uma rainha



_ Que anjos me rondam?


Ando velha e medrosa

não mais toco o piano

sinfonias não componho


_ Senhora dona Sancha,

silhuetas, sombras

vestidas de branco

guardiões de vossos sonhos,

dispensamos ouro e prata

mal nunca vos faremos


_ Estou velha

bem velhinha

tenho medo de morrer


_ Medo? Pois pois,

por que medo?

por que medo?


Se no vosso coração

canta uma menina

com quem brincamos

de roda?


Dona Sancha

nossa senhora,

vos espantastes a morte

como se espanta

galinhas,

shô morte, shô



_ É verdade, é verdade,

shô morte, shô


Para os prados partirei

cavalgando meu cavalo


Sobre a cama da fazenda

me aguarda o vestido

feito na minha medida


Anjos meus

por onde andais?


Senti algum calafrio


_ Sombras vestidas de branco

somos a infância da língua

somos vossos guardiões


Vosso medo espantamos

com histórias

que contamos


_ Anjos, brancas silhuetas

segurem a minha mão

e dormirei sossegada

para acordar na fazenda

onde me aguarda azul

o vestido, nos braços

de meu namorado


Segurem a minha mão

como minha mãe segurava

quando eu ia ao dentista


Shô, morte shô

montada no meu cavalo

espanto muitas galinhas



7 comentários:

  1. Hola y muy agradecida por tu visita a blog.Espero seamos buenas amigas.Tus trabajos muy bellos.
    Feliz Año 2011
    Besos
    Raquel

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  2. Hola:
    Estoy muy contenta de tener una lectora que hable otra lengua. Bellos tus trabajos. ¿La fotografía adjunta es el templo de Debod, en Madrid?

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  3. Me ha parecido ver a Don Quijote en la imagen.
    Excelentes trabajos los que presentas.
    Un abrazo

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  4. Jan Puerta,

    a mim tambèm parece Don Quijote...

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  5. A L I A N E......Guapa!! BIEN....!
    Gracias por seguirme, yo si, viejo aprendiz...
    FELIZ AÑO Y siempre feliz.

    Francisco Novo Alaminos.

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  6. Shô morte, ainda não estou pronta pra você!

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